terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Como garantir que o bebé é empreendedor


Uma das coisas que mais assusta os pais é ter um filho que não larga a mama, nem quando acaba o curso da universidade. É vê-los aí, saem de casa dos pais, para ir para manifestações de mão estendida, a pedinchar empregos, em vez de serem empreendedores e criarem o seu próprio negócio ou emigrar. Foi um enorme alívio descobrir  o curso BABYBOOM: POTENCIE AS CAPACIDADES DO SEU BEBÉ do prestigiado instituto 4LIFE, considerado a Harvard Business School da puericultura. Podemos confiar no currículo da dinamizadora; é "Doutoranda em Gestão e Empreendedorismo e Educadora de Infância". Não há dúvida que para conjugar um doutoramento em gestão com educação de infância, é preciso ter espírito empreendedor. O curso tem dois níveis: para crianças dos 4 aos 10 meses (nível 1) e outro para crianças dos  11 aos 18 meses (nível 2). O curso promove "autoconfiança, autonomia, segurança, capacidade de enfrentar o risco e socializar, criatividade, proatividade, motivação, iniciativa..." As reticências não são minhas e sugerem uma lista bastante mais longa de qualidades. Continua com "este programa procura, em conjunto com os pais, estimular estas características e o desenvolvimento do bebé com atividades, jogos e brincadeiras que os ajudarão a ser adultos mais atentos ao mundo que os rodeia, mais competentes, que não desistam ao primeiro obstáculo e que, com o seu esforço e recursos, possam alcançar os seus objetivos."

Parece-me o curso ideal para um bebé de sucesso.

A criatividade, por exemplo, tem de ser estimulada nos bebés e nas crianças, pelo intermédio de formações, não basta um bom colégio privado aos três anos. Por exemplo, se os deixamos assim sozinhos a rabiscar coisas, pintam tudo fora das margens, trocam as cores todas... já vi filhos de casais amigos a fazer este tipo de parvoíces desfocadas e descontextualizadas. A proactividade também se deve estimular no bebé, não queremos que fique embasbacado a olhar para as mamas da mãe sem as querer agarrar. Ele tem de querer o que vê e agarrar o que quer. Foi essa a mentalidade que eu tive no primeiro encontro com a mãe dele, por exemplo.

Quando mostrei isto à Plaft, pensei que iria reagir mal, pois ela é de esquerda e tem uma visão utópica do mundo lá fora. Mas não: riu-se, achou muita graça à ideia e até partilhou no facebook com muitos "lol's" de entusiasmo e likes dos amigos. Ainda  bem que tem flexibilidade suficiente pois o casal tem de ser uma equipa de coaching hoje em dia. A participar em manifestações, só como líder de uma jota com aspirações de poder genuínas. Mas não deve ser necessário. Conto que o meu filho, quando sair da universidade, tenha um currículo com formações a começar à 16ª semana de gestação. É o momento  a partir do qual desenvolvem a audição e já vale a pena encostar fones a debitar audiobooks motivacionais à barriga da mãe enquanto dormirmos. Já falta pouco!

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo :))) um futuro Primeiro-Ministro da Península na barriga da Plaft :)))

R. disse...

Só até aos 18 meses? Ok, já vou tarde.

R.

MDRoque disse...

Se autonomia aos 4 meses é mudar as fraldas sozinho , o curso é um achado...mas enquanto a dinamizadora não for à Oprah ou até à Querida Júlia apresentar resultados é só mais um cursinho de Puericoaching...